segunda-feira, 14 de junho de 2004
Sorte macaca
Embora uma frequência regular seja estatisticamente mais credível, uma visitinha basta para constatar que um terço dos clientes do hipermercado Cactus é português. Nos outros este facto é igualmente patente; todavia, é no Cactus que a coisa é mais visível. Pronto, para não exagerar, digamos que um quarto dos clientes é português. Gente que não se coíbe de meter um papelinho na urna quando se trata de ganhar prémios; gente, sobretudo, que tem prazer (ou fé) suficiente para meter dezenas de papelinhos nas urnas quando os prémios são tentadores (automóveis, viagens, senhas para compras...) e na medida em que não tem que se mostrar a cara. Ora, logicamente, esperar-se-ia uma percentagem idêntica de premiados. Mas não! Não se sabe por que arte do diacho, em cada dez premiados aparece sempre um Scholer, um Reinhardt, um Rausch, um Hentges, um Brausch, um Entringer, um Jos qualquer coisa, Hostert por exemplo, um Emeringer, eventualmente um Piazzo, mas quase nunca um Silva, um Santos, um Pereira ou um Costa. Em TODOS os sorteios, a marosca se repete. Eninguém desconfia (porque aqui são todos muito honestos). E ninguém protesta: são as bolinhas da sorte!... nunca saem os nossos números... Tá bem, mas a gente tem metade dos números, caraças!!!
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