quinta-feira, 4 de março de 2004
Roux Jean
Há muitos, muitos séculos, um francês abandonou as vacas do seu lieu de origem (que nem village chegava a ser) para ir em peregrinação a Santiago de Compostela. Tendo perdido o bilhete de regresso, aqueles montes calcorreou em busca de poiso definitivo. Jean de seu nome, bigodaça gaulesa farfalhuda, cabelo ruivo mal amanhado que lhe colou alcunha e depois apelido, acabou por se estabelecer entre o Douro e o Atlântico. Simples e generoso, "Roux" Jean acabou por ser enganado pelas lendas sobre moiras encantadas. Por isso, o seu objectivo na vida passou a ser o de fazer comer carne de porco ao resto de mouros que se arrastavam pelo reino desde que o primeiro Afonso partiu desenfreado para sul. O nosso Roux Jean abriu então uma tasca na Ribeira onde apenas servia pedaços de carne de porco, estufados, acompanhados de charcutaria da época e folha de abóbora (ainda não se conhecia a batata). E teve muito sucesso. Aquilo foi uma revolução gastronómica. Os tascos oferecendo a mesma ementa surgiram como cogumelos por toda a região. Não se comia outra coisa. O Roux Jean morreu, os descendentes também, mas o rojão ficou indelevelmente associado à cozinha lusitana.
domingo, 11 de janeiro de 2004
O Fausto já foi ao Chez Nous, pelo menos a julgar pela sua última canção.
"Toque a minha língua agora
nos seus lábios de champanhe
molhe os meus lábios depois
na sua boca durante
a volúpia da palavra
(...)
No seu corpo a oiro e prata
que se move e se remexe
se tudo o que desce sobe
e tudo o que sobe desce
(...)
Deus não dá sinais de vida
resta-me a sua elegância
em puro céu de sol e lua
enfeitada de obrigações
de acções e mais
coberta e nua
em negócios figurados
cibernéticos dinheiros
viver tão só
em liquidez
de recessões
e de delírios
financeiros"
in "A Ouro e Prata", do álbum "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003
Para escrever isto o gajo esteve de certeza no Chez Nous, não acham?
Nandinho da Cláudia
nos seus lábios de champanhe
molhe os meus lábios depois
na sua boca durante
a volúpia da palavra
(...)
No seu corpo a oiro e prata
que se move e se remexe
se tudo o que desce sobe
e tudo o que sobe desce
(...)
Deus não dá sinais de vida
resta-me a sua elegância
em puro céu de sol e lua
enfeitada de obrigações
de acções e mais
coberta e nua
em negócios figurados
cibernéticos dinheiros
viver tão só
em liquidez
de recessões
e de delírios
financeiros"
in "A Ouro e Prata", do álbum "A Ópera Mágica do Cantor Maldito", 2003
Para escrever isto o gajo esteve de certeza no Chez Nous, não acham?
Nandinho da Cláudia
sexta-feira, 2 de janeiro de 2004
Bom ano!
Os meus votos para este ano? Primeiro que os meus co-bloggers escrevam qualquer coisinha (que jeito tenha). E segundo que este blogue tenha um milhão de hits durante os próximos 364 dias.
domingo, 21 de dezembro de 2003
sexta-feira, 19 de dezembro de 2003
Limpeza ética.
Este blogue está a precisar de uma limpeza. Este blogue devia ter regras. Estritas, daquela que ninguém pode nem deve questionar. Este blogue está a precisar de um Hitler para pôr ordem nesta merda. Mas está também a precisar de um Kant e de um Voltaire e de um Cesário Verde. Gajos que escrevam. Gajos que tenham ideias e que ainda se lembrem delas quando se sentam diante de um computador. Este blogue não precisa de pequenas ejaculações de raiva ou prazer. Este blogue precisa de comentários. Mais do que isso, precisa de opiniões. Este blogue precisa é de novos bloggers.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2003
quarta-feira, 17 de dezembro de 2003
A idade do gelo.
O frio está aí. As últimas noites foram negativas. Fiquei em casa a requentar para não esfriar as orelhas. A minha namorada está quentinha. Faça chuva ou faça sol. Adormeci. Mas não sem antes dedicar esta treta ao Pedro que deve estar a pensar em beijos e abraços.
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