sexta-feira, 16 de julho de 2004

Não me fornique

Há dias, um corpo escorria pelo átrio da estação. Os trapos que o cobriam pareciam ter vindo na mesma remessa, ninguém os teria posto lá. Mas eu, embora não trabalhando nos serviços municipais de limpeza, custa-me ver este jardim desarranjado. É um tique que ganhei na cantina do Ofício. Debrucei-me em busca de um ponto de apoio para a minha gancheta, e o corpo resmungou: “Eh pá, não me fornique”. E, eh pá, eu não o forniquei...

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