quarta-feira, 4 de junho de 2008

Malta das multas, mulas das maltas

Sábado passado ia tranquilamente a caminho de um jantar burguês, por volta das 9 horas da noite, e vi passar um dos famigerados breaks brancos GM (este era o GM 819) com dois abnegados trabalhadores a bordo. Eram nove da noite!

Dir-se-ão: "Olha a novidade! Isso é a prata da casa três dias por semana…" Pois é, eu próprio assisti a essa manifestação de civismo vezes sem conta. Mas desta vez pensei que, a essa hora, não há nenhuma farmácia aberta! E se quiseres, por exemplo, levar uma injecção (das verdadeiras, porque das outras levas a toda a hora e em qualquer lugar) tens de ir à urgências… e há só uma! A essa hora, se quiseres uns tomatitos para fazer uma salada porque afinal chegou mais alguém para jantar, agarras-te aos teus porque os supermercados e as mercearias estão fechados. Umas cenouritas para acabar a sopa? Tens o posto de combustível – mas o raça é que também eles, na sua esmagadora maioria, a essa hora já estão fechados…

Está tudo fechado; os bombeiros têm um piquete reduzido; a tropa deixou os alarmes ligados na caserna e recolheu a casa; os correios abrem amanhã cedinho; cafés e pastelarias ficaram a levedar; está tudo fechado, está toda a gente na sala de jantar; os "multeiros", esses, trabalham… Afadigadamente!

Mas só o fazem às quartas, sextas e sábados à noite, mais os dias de braderie e de feira popular. Que são as alturas mais apropriadas para chupar. Ainda se actuassem apenas contra os abusos evidentes às regras de estacionamento de viaturas; mas não, vai tudo a eito, esteja ou não a incomodar o trânsito ou os demais cidadãos.

Quê?! Bem, não interessa! Calou! O que interessa é que esta é uma cidade onde às SETE da noite as farmácias estão FECHADAS e as mulas... perdão, as multas por estacionamento... estão ABERTAS.

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