Sempre gostei de salões de chá. A minha mãe, e mais frequentemente a minha tia-avó, levavam-me até cafés para senhoras que se chamavam salões de chá. Para mim era indiferente o tipo de clientela que frequentava esses locais, iguais aos outros cafés ou pastelarias.
Sempre gostei, contudo, das maneiras dos empregados. Nesses sítios que a Tiji frequentava, eram mais simpáticos que na pastelaria Moderna ou no café Albano e as senhoras pareciam ser todas amigas de velha data. Lembro-me da Xai Xai, no Porto, e do Mário, em Amarante, onde os bolos (quem não for do norte substitua por pastéis para melhor compreensão) eram excelentes e mesmo ali ao lado podiam comprar-se os cromos de todas as colecções que eu andava a fazer, incluindo os raríssimos autocolantes de "O Mundo de Fúria".
No Luxemburgo há muitos salões de chá. A tradição e a idade dos habitantes do Grão-Ducado garante um mercado estável. Talvez seja por isso que nessas casas o atendimento seja dos piores neste país, que já tem, de qualquer forma, como ex-libris comercial a antipatia.
As piores casas de chá são aquelas que se promoveram ao nível de salão-de-chá/traiteur/restaurante. O crescimento forçado abalou definitivamente as estruturas e o limitado profissionalismo dos empregados, difíceis de encontrar, complica as coisas. E quem paga a factura é a clientela.
Os preços, naturalmente, aumentaram quando a subida de divisão se fez, mas o pior preço a pagar é o tempo que se passa: meia hora à espera de uma pizza aquecida no micro-ondas ou quinze minutos é o tempo que demora um sumo de laranja a ser espremido.
Ontem, num desses estabelecimentos uma senhora alemã dirigiu-se ao gerente, que por acaso estava atrás do balcão, dizendo que, cliente há trinta anos daquela casa, nunca tinha sido tão mal servida. Nem o facto de a reclamação ter sido feita numa língua ideal para protestar fez o senhor levantar os olhos dos capuccinos que preparava. Só no momento de lhe dar o troco balbuciou: "estamos desesperados de trabalho. Muitos clientes na esplanada!".
É verdade, o longuíssimo Verão 2003 (graças a Deus!) apanhou desprevenidos muitos restauradores, mas essa desculpa não serve para o resto do ano, em que o serviço sempre foi lento e a maioria dos empregados antipáticos e desagradáveis. Ontem, eliminei as minhas teorias da falta de formação e da inexperiência. Afinal a antipatia e a falta de respeito transmite-se directamente do "senhor Oberweis" ou do "senhor Kohler" desde o alto da pirâmide até ao mais jovem aprendiz.
domingo, 28 de setembro de 2003
sábado, 27 de setembro de 2003
PS2.
Comprei uma Playstation 2. O acontecimento só é importante porque desde 1977 que não comprava uma consola de jogos, na altura um Videopac da Philips, e porque em 2003 tenho 37 anos bem contados.
Tenho vergonha de ter comprado uma PS2? Não acho, mas tudo indica que sim. Para começar, não consegui comprá-la sozinho. Aliciei amigos, tentei convencê-los a partilhar o pecadilho. Vamos comprá-la a meias Filipe, para a rentaibilizar, já que nem eu nem tu temos muito tempo para passar a jogar. O Filipe disse que não. Tentei aliciá-lo com aquilo que ele mais gosta depois dos computadores e de umas peúgas Boss. É só para utilizar com jogos de carros; Colin McRaes e coisas dessas... O Filipe continuou a achar que era uma estupidez e lá seguimos nós para a secção dos DVD.
O Hugo reagiu melhor do que eu pensava. Propus ao Filipe comprar uma PS2 a meias. Que é que ele respondeu? Cortou-se. Parece-me uma excelente ideia; eu era menino para alinhar...
O Hugo alinhou. Eu esqueci-me da PS2 durante uns dias até que ele na terça-feira me telefonou do supermercado. Estou aqui em frente às Playstation e o preço é inferior a 200 euros. Compro? Compra. Comprou.
Hoje o Hugo passou-me a PS2. Não fui a correr para casa experimentar o único jogo de que disponho, mas quando cheguei ao aconchego do lar não me apetecia nada mais senão ver os bólides do Gran Turismo a acelerar no ecrã do meu televisor. Ainda por cima tem o Subaru! E o Civic do Roso! O barulho é igualzinho ao dos carros a sério. Está bem, vou pôr mais baixo por causa dos vizinhos. De facto já são três da manhã...
A nossa PS2 é o máximo. Mas precisa de um volante, de um segundo joystick para os jogos a dois e um cartão de memória. Hugo, temos de investir mais uns 200 euros. Tudo bem, afinal as corridas de carros sem volante não têm piada nenhuma.
Amanhã vou a uma loja onde trabalha um velho amigo e comprar os acessórios todos. Naturalmente vou-lhe dizer que é para oferecer ao filho de um amigo. Não é por vergonha de aos 37 anos ter comprado uma Playstation, é só porque a comprei na concorrência e ele podia ficar sentido.
Tenho vergonha de ter comprado uma PS2? Não acho, mas tudo indica que sim. Para começar, não consegui comprá-la sozinho. Aliciei amigos, tentei convencê-los a partilhar o pecadilho. Vamos comprá-la a meias Filipe, para a rentaibilizar, já que nem eu nem tu temos muito tempo para passar a jogar. O Filipe disse que não. Tentei aliciá-lo com aquilo que ele mais gosta depois dos computadores e de umas peúgas Boss. É só para utilizar com jogos de carros; Colin McRaes e coisas dessas... O Filipe continuou a achar que era uma estupidez e lá seguimos nós para a secção dos DVD.
O Hugo reagiu melhor do que eu pensava. Propus ao Filipe comprar uma PS2 a meias. Que é que ele respondeu? Cortou-se. Parece-me uma excelente ideia; eu era menino para alinhar...
O Hugo alinhou. Eu esqueci-me da PS2 durante uns dias até que ele na terça-feira me telefonou do supermercado. Estou aqui em frente às Playstation e o preço é inferior a 200 euros. Compro? Compra. Comprou.
Hoje o Hugo passou-me a PS2. Não fui a correr para casa experimentar o único jogo de que disponho, mas quando cheguei ao aconchego do lar não me apetecia nada mais senão ver os bólides do Gran Turismo a acelerar no ecrã do meu televisor. Ainda por cima tem o Subaru! E o Civic do Roso! O barulho é igualzinho ao dos carros a sério. Está bem, vou pôr mais baixo por causa dos vizinhos. De facto já são três da manhã...
A nossa PS2 é o máximo. Mas precisa de um volante, de um segundo joystick para os jogos a dois e um cartão de memória. Hugo, temos de investir mais uns 200 euros. Tudo bem, afinal as corridas de carros sem volante não têm piada nenhuma.
Amanhã vou a uma loja onde trabalha um velho amigo e comprar os acessórios todos. Naturalmente vou-lhe dizer que é para oferecer ao filho de um amigo. Não é por vergonha de aos 37 anos ter comprado uma Playstation, é só porque a comprei na concorrência e ele podia ficar sentido.
sexta-feira, 26 de setembro de 2003
Não é inédito...
O Laboratório de Virulogia Endémica da Universidade de Stanford-upon-Thames enviou um relatório circunstanciado às instâncias comunitárias europeias no qual se conclui que o bacalhau do mar do Norte está inquinado com um vírus que pode ser mortal para o ser humano.
De acordo com os cientistas britânicos, que durante oito meses tentaram detectar, identificar e isolar o vírus, trata-se de uma estrutura celular diferente do que até agora se conhecia. O vírus tem o aspecto de ser uma malformação ocorrida numa proteína presente no sistema digestivo do plâncton.
Nas conclusões do relatório pode ler-se que a transformação que deu origem ao novo vírus terá sido ocasionada pela poluição em hidrocarburetos de que enferma o mar do Norte, que as organizações internacionais de apoio à preservação do meio ambiente denunciaram em inúmeras ocasiões.
De acordo com o director do Centro de Pesquisa Molecular daquela universidade do Reino Unido, Dr. Ph. Eatmore Afdaúz, que fez parte da delegação que entregou pessoalmente o relatório aos mais altos responsáveis da Comissão Europeia, “estamos em presença de um risco para a saúde humana muito mais grave que o registado com a BSE”.
O doutor Eatmore Afdaúz acrescentou, no entanto, que “apenas os dinas e os suecos é que têm de tomar cuidado, já que só eles consomem aquele peixe”.
O distinto cientista desconhece que também os portugueses, os espanhóis e os algarvios têm, na sua dieta-base, o bacalhau como elemento central, e que está presente em variadíssimos pratos da sua culinária tradicional.
A notícia do relatório daquele instituto de pesquisa britânico apanhou a comunidade científica de surpresa, em pleno debate sobre a encefalopatia espongiforme bovina e num momento em que, na própria Grã-Bretanha, muita gente faz as malas para o Continente com medo dos cidadãos que regressarem proximamente de Hong-Kong, infectados com o também já famoso, e temido, “vírus dos frangos”.
No entanto, o Centro de Engenharia Molecular do Instituto Superior de Ciências Médicas da Universidade de Mondercange-sur-Alzette já havia detectado transformações inexplicáveis na estrutura óssea dos bacalhaus adultos que, regressados dos mares frios do Norte, sobem o Alzette para desovar.
Contacto pela imprensa, o Dr. Erlinger Josy, director do Centro, revelou: “Nós já tínhamos reparado que, em alguns exemplares de bacalhau recolhidos nos tanques de passagem, havia indícios de podridão acelerada das barbatanas. No entanto, não ligámos grande importância ao assunto porque os Supermercados Primavera compravam-nos todos para dessas barbatanas fazerem bolinhos de bacalhau”.
De acordo com os cientistas britânicos, que durante oito meses tentaram detectar, identificar e isolar o vírus, trata-se de uma estrutura celular diferente do que até agora se conhecia. O vírus tem o aspecto de ser uma malformação ocorrida numa proteína presente no sistema digestivo do plâncton.
Nas conclusões do relatório pode ler-se que a transformação que deu origem ao novo vírus terá sido ocasionada pela poluição em hidrocarburetos de que enferma o mar do Norte, que as organizações internacionais de apoio à preservação do meio ambiente denunciaram em inúmeras ocasiões.
De acordo com o director do Centro de Pesquisa Molecular daquela universidade do Reino Unido, Dr. Ph. Eatmore Afdaúz, que fez parte da delegação que entregou pessoalmente o relatório aos mais altos responsáveis da Comissão Europeia, “estamos em presença de um risco para a saúde humana muito mais grave que o registado com a BSE”.
O doutor Eatmore Afdaúz acrescentou, no entanto, que “apenas os dinas e os suecos é que têm de tomar cuidado, já que só eles consomem aquele peixe”.
O distinto cientista desconhece que também os portugueses, os espanhóis e os algarvios têm, na sua dieta-base, o bacalhau como elemento central, e que está presente em variadíssimos pratos da sua culinária tradicional.
A notícia do relatório daquele instituto de pesquisa britânico apanhou a comunidade científica de surpresa, em pleno debate sobre a encefalopatia espongiforme bovina e num momento em que, na própria Grã-Bretanha, muita gente faz as malas para o Continente com medo dos cidadãos que regressarem proximamente de Hong-Kong, infectados com o também já famoso, e temido, “vírus dos frangos”.
No entanto, o Centro de Engenharia Molecular do Instituto Superior de Ciências Médicas da Universidade de Mondercange-sur-Alzette já havia detectado transformações inexplicáveis na estrutura óssea dos bacalhaus adultos que, regressados dos mares frios do Norte, sobem o Alzette para desovar.
Contacto pela imprensa, o Dr. Erlinger Josy, director do Centro, revelou: “Nós já tínhamos reparado que, em alguns exemplares de bacalhau recolhidos nos tanques de passagem, havia indícios de podridão acelerada das barbatanas. No entanto, não ligámos grande importância ao assunto porque os Supermercados Primavera compravam-nos todos para dessas barbatanas fazerem bolinhos de bacalhau”.
quinta-feira, 25 de setembro de 2003
Benfica.
Ontem fui ver o Benfica. Sempre que os clubes portugueses jogam num raio de uns 300 quilómetros é tentador ir vê-los e apoiá-los. Ontem, o Benfica jogou a menos de 200 quilómetros de minha casa. Foi fácil ir vê-lo defrontar uma equipazeca belga, mas foi difícil apoiá-lo. Foi mesmo difícil não assobiar.
"Com um ordenado como o teu até eu corria mais", gritava um benfiquista com a esperança que Simão Sabrosa o ouvisse. Mas não, os jogadores do Benfica não ouvem ninguém. Como não ouviram os gestos desesperados de Camacho que os mandava subir no terreno. Como não ouviram a força da camisola que envergam e que devia assustar qualquer adversário.
Hoje, a camisola do Benfica é vestida por jogadores de segunda, sem motivação, sem objectivo. Se Eusébio estivesse morto daria voltas na tumba. Como não está, deve sofrer ainda mais.
"Com um ordenado como o teu até eu corria mais", gritava um benfiquista com a esperança que Simão Sabrosa o ouvisse. Mas não, os jogadores do Benfica não ouvem ninguém. Como não ouviram os gestos desesperados de Camacho que os mandava subir no terreno. Como não ouviram a força da camisola que envergam e que devia assustar qualquer adversário.
Hoje, a camisola do Benfica é vestida por jogadores de segunda, sem motivação, sem objectivo. Se Eusébio estivesse morto daria voltas na tumba. Como não está, deve sofrer ainda mais.
Sono
O Luxemburgo fica entalado no meio de tudo: França, Bélgica, Alemanha, Países Baixos, Suíça, Inglaterra e mais algumas coisas. É um cansaço. Não há concerto, jogo de futebol, exposição ou estadia de amigo que no fundo, no fundo, não seja atingível com um naco de tenacidade e um automóvel. A possibilidade de ir a todas desgasta, porque é incessante: todos os fins-de-semana há algo para fazer em algum lugar, e é óptimo poder dizer, como se pode em Portugal: "Gostava tanto de ir a [Paris, Turim, Sheffield, Brugges, Amesterdão, Colónia] este fim-de-semana ver [o Bowie, a Tate Gallery, o Pedro, a Paris-Plage, a festa do vinho, o Boavista], mas não dá! Estamos aqui no nosso cantinho, na periferia, é a nossa sina..." É um lamento musical, é uma boa desculpa, é uma ganda mentira. Nós estamos aqui no meio de tudo e a única coisa que desejamos é poder recuperar no sábado de manhã o sono tremendo em que vegetamos nas langorosas horas de trabalho. De vez em quando lá ouvimos o habitual "Quê?! A Ermengarda vai estar em Nantes por cinco horas e tu não a vais visitar?? Mas se são só 800 km em cada sentido..." É a vida.
quarta-feira, 24 de setembro de 2003
Telefonema enremelado entre dois arrufos e três pratos
- Vens almoçar comigo hoje?
- Ainda não sei, é muito cedo.
- Muito cedo porquê?
- Ainda nem são dez horas.
- E depois? Já sabes que vais ter de almoçar.
- Acabei de beber o meu primeiro café do dia; ainda faltam uns três para começar a acordar. Nessa altura pensarei em que parte da floresta vou caçar os meus alimentos.
- Podíamos ir ao La Salsa Cubana. Ouvi dizer que fazem uns mojitos fabulosos.
- Mas vamos comer ou...?
- De certeza que também têm tapas.
- Não tenho nada para tapar; quero comida real. E de qualquer forma não tenho tempo... tenho de fazer um almoço rápido, estilo sandes...
- Bom, está bem. Nesse caso posso ir ter contigo ao meio-dia e depois ainda passo pelo banco.
- Ok, depois falamos.
- Gostava de estar contigo ao almoço... Olha, o Alexandris está aí? Ele escreveu-me a perguntar se sempre vamos todos ao badminton amanhã.
- Não, não está aqui, e quando é que esse rabeta deixa de te cortejar, não saberás? Não achas que já te derretes o suficiente quando falas com ele?
- Fofinho, não sejas ridículo. Eu nem sequer podia imaginar algo do género, porque é que és tão cium...
- Olha... estão-me aqui a dizer que a máfia vai toda ao Fiel Amigo, o prato do dia é chanfana. Acho que também vou, sabes, gosto muito de chanfana...
- [suspiro] Ok, tem um bom almoço então...
- Tu também.
- Mas eu não estava a ser irónica! Estava a falar a sério... vemo-nos mais tarde?
- Hoje à noite não posso. Vemo-nos um dia destes, haha.
- Sabes mesmo como irritar-me...
- Obrigado. Aposto que dizes o mesmo a todos.
- E eu que só queria estar contigo ao almoço...
- Podíamos ir ao Fratelli, minha querida. O fagotto é imbatível lá. Reservo para a uma e um quarto?
- Ainda não sei, é muito cedo.
- Muito cedo porquê?
- Ainda nem são dez horas.
- E depois? Já sabes que vais ter de almoçar.
- Acabei de beber o meu primeiro café do dia; ainda faltam uns três para começar a acordar. Nessa altura pensarei em que parte da floresta vou caçar os meus alimentos.
- Podíamos ir ao La Salsa Cubana. Ouvi dizer que fazem uns mojitos fabulosos.
- Mas vamos comer ou...?
- De certeza que também têm tapas.
- Não tenho nada para tapar; quero comida real. E de qualquer forma não tenho tempo... tenho de fazer um almoço rápido, estilo sandes...
- Bom, está bem. Nesse caso posso ir ter contigo ao meio-dia e depois ainda passo pelo banco.
- Ok, depois falamos.
- Gostava de estar contigo ao almoço... Olha, o Alexandris está aí? Ele escreveu-me a perguntar se sempre vamos todos ao badminton amanhã.
- Não, não está aqui, e quando é que esse rabeta deixa de te cortejar, não saberás? Não achas que já te derretes o suficiente quando falas com ele?
- Fofinho, não sejas ridículo. Eu nem sequer podia imaginar algo do género, porque é que és tão cium...
- Olha... estão-me aqui a dizer que a máfia vai toda ao Fiel Amigo, o prato do dia é chanfana. Acho que também vou, sabes, gosto muito de chanfana...
- [suspiro] Ok, tem um bom almoço então...
- Tu também.
- Mas eu não estava a ser irónica! Estava a falar a sério... vemo-nos mais tarde?
- Hoje à noite não posso. Vemo-nos um dia destes, haha.
- Sabes mesmo como irritar-me...
- Obrigado. Aposto que dizes o mesmo a todos.
- E eu que só queria estar contigo ao almoço...
- Podíamos ir ao Fratelli, minha querida. O fagotto é imbatível lá. Reservo para a uma e um quarto?
terça-feira, 23 de setembro de 2003
No Lux não há nada!
O Roso ontem enervou-se porque no Luxemburgo não há mesas de pingue-pongue. "Ando à procura de um sítio para jogar pingue-pongue; onde posso ir?", perguntou-me ele à espera que não houvesse resposta evidente. E não há. Eu só conheço uma mesa de pingue-pongue utilizável pelos comuns mortais que são os funcionários. Fica num dos edifícios da Comissão. "E clubes não há? Deve haver mais em Águeda!". Duvidei. Mandei vir. Protestei. "Informa-te!", gritei-lhe. Estou convencido que deve haver uma dúzia de sítios onde jogar o desporto favorito dos chineses.
Enerva-me quando ouço dizer que no Luxemburgo não acontece nada, que não há nada. É a mais pura mentira. Há tanta coisa que por vezes há demais. Como há demasiados clubes de tiro ao arco, por exemplo, não há nenhum que seja excepcional porque dividem-se os praticantes e os sócios-pagantes. Clubes de fanáticos dos automóveis há para todas as marcas - da Subaru já são três! E detestam-se entre eles e evitam encontrar-se nos "meetings" que os vizinhos alemães organizam.
No Luxemburgo há tudo e há de tudo, só que ou está mal publicitado ou mal distribuído. Eu, por exemplo, só tenho dois carros e conheço um tipo que tem cinco, entre os quais um Ferrari.
Enerva-me quando ouço dizer que no Luxemburgo não acontece nada, que não há nada. É a mais pura mentira. Há tanta coisa que por vezes há demais. Como há demasiados clubes de tiro ao arco, por exemplo, não há nenhum que seja excepcional porque dividem-se os praticantes e os sócios-pagantes. Clubes de fanáticos dos automóveis há para todas as marcas - da Subaru já são três! E detestam-se entre eles e evitam encontrar-se nos "meetings" que os vizinhos alemães organizam.
No Luxemburgo há tudo e há de tudo, só que ou está mal publicitado ou mal distribuído. Eu, por exemplo, só tenho dois carros e conheço um tipo que tem cinco, entre os quais um Ferrari.
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