quinta-feira, 25 de setembro de 2003

Sono

O Luxemburgo fica entalado no meio de tudo: França, Bélgica, Alemanha, Países Baixos, Suíça, Inglaterra e mais algumas coisas. É um cansaço. Não há concerto, jogo de futebol, exposição ou estadia de amigo que no fundo, no fundo, não seja atingível com um naco de tenacidade e um automóvel. A possibilidade de ir a todas desgasta, porque é incessante: todos os fins-de-semana há algo para fazer em algum lugar, e é óptimo poder dizer, como se pode em Portugal: "Gostava tanto de ir a [Paris, Turim, Sheffield, Brugges, Amesterdão, Colónia] este fim-de-semana ver [o Bowie, a Tate Gallery, o Pedro, a Paris-Plage, a festa do vinho, o Boavista], mas não dá! Estamos aqui no nosso cantinho, na periferia, é a nossa sina..." É um lamento musical, é uma boa desculpa, é uma ganda mentira. Nós estamos aqui no meio de tudo e a única coisa que desejamos é poder recuperar no sábado de manhã o sono tremendo em que vegetamos nas langorosas horas de trabalho. De vez em quando lá ouvimos o habitual "Quê?! A Ermengarda vai estar em Nantes por cinco horas e tu não a vais visitar?? Mas se são só 800 km em cada sentido..." É a vida.

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