sexta-feira, 26 de setembro de 2003

Não é inédito...

O Laboratório de Virulogia Endémica da Universidade de Stanford-upon-Thames enviou um relatório circunstanciado às instâncias comunitárias europeias no qual se conclui que o bacalhau do mar do Norte está inquinado com um vírus que pode ser mortal para o ser humano.
De acordo com os cientistas britânicos, que durante oito meses tentaram detectar, identificar e isolar o vírus, trata-se de uma estrutura celular diferente do que até agora se conhecia. O vírus tem o aspecto de ser uma malformação ocorrida numa proteína presente no sistema digestivo do plâncton.
Nas conclusões do relatório pode ler-se que a transformação que deu origem ao novo vírus terá sido ocasionada pela poluição em hidrocarburetos de que enferma o mar do Norte, que as organizações internacionais de apoio à preservação do meio ambiente denunciaram em inúmeras ocasiões.
De acordo com o director do Centro de Pesquisa Molecular daquela universidade do Reino Unido, Dr. Ph. Eatmore Afdaúz, que fez parte da delegação que entregou pessoalmente o relatório aos mais altos responsáveis da Comissão Europeia, “estamos em presença de um risco para a saúde humana muito mais grave que o registado com a BSE”.
O doutor Eatmore Afdaúz acrescentou, no entanto, que “apenas os dinas e os suecos é que têm de tomar cuidado, já que só eles consomem aquele peixe”.
O distinto cientista desconhece que também os portugueses, os espanhóis e os algarvios têm, na sua dieta-base, o bacalhau como elemento central, e que está presente em variadíssimos pratos da sua culinária tradicional.
A notícia do relatório daquele instituto de pesquisa britânico apanhou a comunidade científica de surpresa, em pleno debate sobre a encefalopatia espongiforme bovina e num momento em que, na própria Grã-Bretanha, muita gente faz as malas para o Continente com medo dos cidadãos que regressarem proximamente de Hong-Kong, infectados com o também já famoso, e temido, “vírus dos frangos”.
No entanto, o Centro de Engenharia Molecular do Instituto Superior de Ciências Médicas da Universidade de Mondercange-sur-Alzette já havia detectado transformações inexplicáveis na estrutura óssea dos bacalhaus adultos que, regressados dos mares frios do Norte, sobem o Alzette para desovar.
Contacto pela imprensa, o Dr. Erlinger Josy, director do Centro, revelou: “Nós já tínhamos reparado que, em alguns exemplares de bacalhau recolhidos nos tanques de passagem, havia indícios de podridão acelerada das barbatanas. No entanto, não ligámos grande importância ao assunto porque os Supermercados Primavera compravam-nos todos para dessas barbatanas fazerem bolinhos de bacalhau”.

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