segunda-feira, 13 de outubro de 2003

Deutschland über alles!

Este fim-de-semana fui a Frankfurt visitar a feira do livro. Um passeio agradável feito sob um sol generoso de Outubro e nas longas rectas - muito frequentadas - das autobahns.
Travei meia dúzia de vezes quase a fundo nos 700 quilómetros de ida e volta ao avistar a polícia. Não consegui livrar-me do acto reflexo que me obriga a pressionar o pedal do meio e colocar a agulha do velócímetro nos 130.
Ri-me de mim próprio, enquanto me concentrava nas placas que de repente indicam "final de proibição de 130km/h".
É maravilhoso conduzir na Alemanha. É verdade que menos de metade da rede de auto-estradas usufrui do regime de velocidade ilimitada. Por razões de segurança ou de vetustez das faixas de rodagem, a maioria das auto-estradas alemãs não são verdadeiramente livres. Mas as que são, ai senhores, as que são justificam a razão de ser de um país onde se come mal, as pessoas são antipáticas e travam a fundo para respeitar a placa que diz 100.
A Alemanha é o último bastião da liberdade do condutor de automóvel. Um enclave num mundo de prevencionismo onde o Estado diz que a velocidade é má mas transforma o automóvel numa fonte de rendimento para tapar outros buracos que os das estradas.

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